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IA na Música – Criatividade ou Colaboração

A Criatividade da Inteligência Artificial: Mitos e Realidades

Desde que a inteligência artificial (IA) se tornou uma realidade tangível, a questão de sua capacidade criativa tem sido um ponto de discussão acalorado. Alguns argumentam que a IA é capaz de criar arte e música de forma autônoma, enquanto outros afirmam que a criatividade é exclusiva da mente humana e, portanto, inalcançável para a IA.

Mas afinal, até que ponto a IA pode ser considerada criativa? Este artigo busca explorar esse tema e discutir o que é mito e o que é realidade quando se trata da criatividade da IA.

Antes de discutir se a IA é capaz de ser criativa, é importante entender o que é criatividade. A criatividade é a capacidade de produzir algo novo e original, algo que não existia antes. É uma habilidade exclusivamente humana que envolve pensamento divergente, imaginação e capacidade de solucionar problemas de maneira única.

A IA Pode Ser Criativa?

Com essa definição em mente, a pergunta que surge é: a IA pode ser criativa? A resposta é sim e não. A IA pode ser programada para criar coisas novas e originais, mas sua capacidade de criar algo completamente novo sem qualquer tipo de influência humana é questionável.

Um exemplo disso é o caso da música “El Perdedor” do cantor colombiano Maluma. Em 2017, a Oracle anunciou que havia utilizado sua plataforma de IA para compor a música, em colaboração com os artistas brasileiros Bruninho e Davi. Embora a IA tenha sido usada na criação da música, ela ainda contou com a intervenção humana na etapa de produção e interpretação.

Outro exemplo é a criação de arte com IA, como a pintura “Portrait of Edmond de Belamy”. Embora a obra tenha sido gerada por um algoritmo, o processo de treinamento do algoritmo envolveu a entrada de dados humanos, como imagens de retratos do século 19.

Então, embora a IA possa criar coisas novas e originais, ainda há um elemento humano envolvido no processo.

O Papel da IA na Criatividade Humana

Embora a IA não possa ser considerada criativa no sentido humano, ela pode desempenhar um papel importante na criatividade humana. A IA pode ser usada como uma ferramenta para ajudar os humanos a criar coisas novas e originais.

Por exemplo, a IA pode ser usada para analisar grandes conjuntos de dados e identificar padrões e tendências, o que pode ajudar os artistas a tomar decisões criativas informadas. A IA também pode ser usada para gerar ideias e sugerir novas abordagens para problemas criativos.

Outra maneira pela qual a IA pode ser usada na criatividade humana é na criação de obras colaborativas entre humanos e IA. Nesse tipo de colaboração, a IA pode ser usada para gerar ideias ou elementos criativos que os humanos podem então adaptar e transformar em uma obra de arte ou música.

Em resumo, embora a IA não possa ser considerada criativa no sentido humano, ela ainda pode desempenhar um papel importante.

O case Daddy’s Car

Hoje em dia fala-se muito sobre o uso de inteligência artificial em composições musicais, o que é interessante que isso não é algo novo, um dos primeiros cases trata-se de uma composição do grupo sueco de música pop “Fragments of God”. Em 2016, eles lançaram a música “Daddy’s Car“, que foi criada totalmente por uma inteligência artificial chamada “Flow Machines”.

 

A música foi composta a partir de um banco de dados com milhares de músicas de vários estilos musicais. A partir dessas informações, a IA utilizou algoritmos de aprendizado de máquina para criar uma música nova, com melodia e letra.

Embora a música tenha sido totalmente composta pela IA, o grupo “Fragments of God” teve a tarefa de ajustar a letra e o arranjo para torná-la mais coesa e adequada ao seu estilo musical.

Assim como no caso da música de Bruninho e Davi com Maluma, a inteligência artificial foi usada como uma ferramenta criativa para auxiliar os artistas no processo de criação musical.

Na música “El Perdedor” de Maluma, a Oracle, empresa de tecnologia, desenvolveu uma tecnologia que utiliza algoritmos de aprendizado de máquina para compor músicas. A partir da análise de dados de várias músicas já existentes, a IA é capaz de criar novas composições com base em características específicas, como batida, harmonia e melodia.

IA da Oracle trabalhou em conjunto com a equipe de produção do cantor Maluma para criar a música. A equipe forneceu algumas diretrizes sobre o que eles procuravam na música, como a combinação de ritmos latinos e eletrônicos, e a IA foi capaz de criar uma música que atendesse a esses requisitos.

Neste case, a Oracle disponibilizou para a gravadora as tecnologias:

  1. Oracle Cloud Infrastructure (OCI): a plataforma de computação em nuvem da Oracle, que oferece alto desempenho, escalabilidade e segurança.
  2. Oracle Autonomous Database: um banco de dados automatizado que usa inteligência artificial e aprendizado de máquina para fornecer desempenho, segurança e disponibilidade automáticos.
  3. Oracle Machine Learning: um conjunto de ferramentas de aprendizado de máquina que permitem aos usuários criar modelos preditivos, realizar análises avançadas e criar soluções de inteligência artificial.
  4. Oracle Analytics Cloud: uma plataforma de análise de dados que permite aos usuários visualizar e analisar dados em tempo real, além de criar dashboards e relatórios personalizados.

Em menos de um mês, a música produzida por Dudu Borges atingiu mais de 54,3 milhões de pessoas na América Latina, e cerca de 8 milhões delas interagiram com a canção ao responder às perguntas, como destacou um artigo de João Luiz Rosa publicado no Valor em 9/06.

A IA pode ser realmente criativa?

Embora a criação de músicas por meio da inteligência artificial seja um processo fascinante e inovador, ainda há uma discussão em andamento sobre até que ponto a IA pode ser considerada realmente criativa.

Alguns críticos argumentam que a IA é simplesmente uma ferramenta que processa dados e informações existentes, e que, portanto, ela não pode ser verdadeiramente criativa. Outros defendem que a IA tem a capacidade de criar coisas novas e originais, embora em um nível diferente do que os seres humanos fazem.

De qualquer forma, a combinação da criatividade humana com as capacidades da inteligência artificial pode levar a resultados interessantes e inesperados no mundo da música e das artes em geral.

Para ilustrar o potencial criativo da IA, é possível citar outros exemplos além dos casos mencionados neste texto, como a música “Hello World” criada pela IA “Amper Music” e a “Symphony in AI Major” criada pela “AIVA”.

No entanto, independente da posição de cada um sobre a criatividade da IA, é inegável que ela já está presente em diversas áreas da nossa vida e que continuará a ter um papel cada vez mais importante no futuro.

Assim como em outros casos, a contribuição real da IA na criatividade da música é motivo de debate e questionamentos.

Análise de dados com Inteligência Artificial

A IA também está sendo usada para análise de dados de streaming de música. Empresas como a Nielsen Music estão usando a IA para analisar dados de streaming e prever tendências de consumo de música. A IA pode ajudar a identificar padrões de escuta, tendências de gênero e artistas emergentes. Imagem sugerida: imagem de gráficos e tabelas de análise de dados.

Fundamentalmente a música e a arte vem de sentimentos que geram sentimentos, características implicitamente humanas. Porém, podemos utilizar de tecnologia como um ferramental para ganhar velocidade na nossa capacidade criativa e amplificar a mensagem que queremos passar, impactando mais rapidamente pessoas com nossos sentimento.

Mais recentemente o cantor Drake e seus produtores se manifestaram negativamente sobre uma música gerada através de uma inteligência artificial utilizando uma letra nova e sua voz gerada artificialmente por uma ferramenta, será que será uma nova Briga de Metallica X Napster?  Nós já sabemos quem vai ganhar.

E, você encara a Inteligência Artificial como um meio para amplificar sua criatividade e sentimento?

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